Há um sentimento agreste
que está enraizado em mim
contaminado pelas poeiras
sufocantes e censurantes
da língua que fala o meu coração
O meu corpo arrasta-se
carregando esse chão de pó
calcando-o com desdém
querendo que não se levante
Meus pés chatos
de vez em quando assistem-me
reclamando dos dias tortos
que passam sem andar
persistem no calor abrasador
sem água para se refrescar
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