Esqueci que é Verão, que vou fazer anos...
Tu invades o pensamento todo o segundo. Deve ter sido mesmo uma praga que nos rogaram. Mas tu importas mesmo tanto para mim. Gostava que também eu importasse para ti. Como a beleza das flores, mas sem espinhos.
Tu vives no frio e eu aqui no calor, incêndios pelo país, chega a ser um horror.
Parece-me que nós oscilamos entre lume e queixume, chaga e chama, cruz e luz, escuridão e paixão.
Não cheguei a ver nenhuma estrela cadente, estou com uma dor tenebrosa no pescoço, que me deixou bem ausente. Mas vi a lua, não tão grande quanto esperava, porém muito brilhante. E, claro, pensei em ti, meu menino das marés cheias e vazias.
Será que alguma vez vou voltar à praia?
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