Meu corpo assolado por picadas lancinantes
Intermitentemente
Começando sempre nos braços
Esses que já foram impedidos há tanto
De serem livres para abraços
E terminando nos pés
Os olhos ardem
Fogueiras de tortura crepitante
O meu olhar foge distante
Longe das amarguras
E vai pensar em ti
Em aconchegar-me no teu peito
Mas logo lembro que me odeias
Como nunca ninguém me odiou
A dor como que se derrete pelo resto
Transformando-se também em tristeza
E assim afundo-me de tão pesada
E tão profunda que é esta sensação.
Pior mesmo é esse apunhalar
Que sinto directo no coração
Com tal pungência e corte
Que me rasgam a atenção:
O teu ódio é a minha morte
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