quarta-feira, junho 29, 2022

Não se finda nunca

 O infindável na infinitude do azul do céu
Que se derrama no mar
Lava a Terra com estrelas líquidas
Até chegar a noite com o seu breu
E a Lua tomar o seu lugar

A vastidão das nossas mãos unidas,
Com os nossos olhos que só nos vêem
Sem nunca estarem abertos sequer
Como os nossos braços que se prendem

Encaixámos os nossos corpos
E tornámo-nos água 
Como corrente de uma torrente
Que jamais pára de jorrar
Porque a sua alma é inesgotável

Esse é o cabal sentimento
Que não tem limites nem arestas
Move-se com o pensamento
E irrompe por entre frestas

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