Ter pena custou-me as maiores penas:
Fui certa vez libélula com listas turquesas,
O meu esqueleto leve e veranil
Soprou-o o vento contra uma duna áspera;
Fui de outra vez animal dito sagrado
Sacrificado estirado na madrugada
Amaldiçoada fénix de cinzas esvoaçantes
Há seres que nos aprisionam porque têm asas
E há seres que não têm asas e nos libertam;
Eu não sou mais corvo-azul
Nem fénix
A minha bússola navegadora foi para as estrelas
O meu campo magnético está avariado
Definho, porque não posso voar.
sábado, junho 25, 2022
Seres alados
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário