sexta-feira, junho 17, 2022

Crónica dos maus-costumes

Vivemos em sociedades doentes
Governadas por dementes
Essas gentes canibalistas
Que envenenam o meio-ambiente
Com chumbo de provas balísticas

Veneramos santos do pau oco
Com devidos dízimos indizíveis
Ó que mania de pagar tributo
Às cunhas do homem louco
Para chegar a sítios apetecíveis

O respeito pela vida é tão diminuto
Todos os dias brutaliza-se o próximo
Realiza-se uma falsa penitência
Um arrependimento teatral
Demência que todos acham normal

Validam-se, premeiam-se, permitem
Que as rodas nas calhas girem
Nessa engrenagem do consumo máximo
E ninguém faz nada e tudo é vão
Mais valia ser já a auto-extinção.

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