quinta-feira, setembro 15, 2022

A morte final

 A morte é final e derradeira, não existe outra vida, mas nós enquanto seres humanos com consciência disso não queremos acreditar. Preferimos digladiarmo-nos e crer num além, numa vida ainda melhor. 

Pois o contrário seria insuportável de se saber, tornaria a vida completamente vã e desesperante. 

Ora eu sempre tive a presença dessa consciência demasiado perto, daí a minha impossibilidade de viver. Ainda mais quando entendi que viver à séria é só entupirmo-nos de experiências que depois nos deixam com o pico contrário dessas euforias angariadas e só servem para fugir da inescapável morte ilusoriamente. 

Mas "cada um é como é". Eu não desejo a minha sina a ninguém. Almejo por sossego e paz como água no deserto e vou ficando enquanto dá. O que deu só me aconteceu. Já foi tudo demasiado. Passei a vida a querer ser normal como as outras pessoas. Nunca aconteceu até hoje e quando me esforcei parecia que era como sempre só eu a ser aquilo que as pessoas precisavam de mim. 

Isto de não ser nada é o fim. 

Não querer, nunca foi só porque me condicionaram a isso, ou por falta de condiçőes; foi porque não sabia o que querer, porque nada me faz sentido.

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