Entrego-me a ti
Armas depostas
Armas depostas
Queria não ter mais língua
Para não desejar o sabor do teu corpo
Nem mãos que possam tocar-te com gosto
De nada me serve ter pernas
Se não vou entrelaçá-las na tua cintura
Nem pés que se cruzem com os teus
Ou ombro que te sirva de encosto
Nem braços para se ligarem e enroscarem em ti
Nem sexo que nos eleve a Deus
Ou mesmo boca para que me respires a mim
Queria não ter mais olhos
Se não posso fechá-los
Contigo a meu lado
E principalmente
Não quero mais ter coração
Se ele vive a sangrar
Com tanta desilusão
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