De tanto querer ser nada
Por não poder ser tudo
Meu corpo está a desaparecer
Pele e osso a olhos vistos
Veias que só sabem perecer
Um quase cadáver aflito
Pergunto-me se é diminuto
Para até nisso ser poupadinho
Deixando quase nenhum vestígio
Perderás a oportunidade
De deixar um corpo bonito
Para se velar?
Não queiras ser a bela morta
Que Pessoa no poema pôs-se a falar
E ele, o teu ser amado,
A quem deste a sorte
De ser feliz com outra pessoa
Não terá jamais de te olhar
Esse corpo que não é alado.
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